Waris Dirie é uma modelo somali nascida em 1965 que sofreu com cinco anos de idade a mutilação genital feminina. Por este motivo converteu-se numa defensora da luta pela erradicação dessa prática. Atualmente é embaixadora da ONU, trabalhando para abolir a ablação. Escreveu vários livros sobre suas vivências , entre eles Flor do Deserto. Existe uma fundação com seu nome.
Mutilação feminina, ritual que remove uma parte maior ou menor dos lábios vaginais e o clitóris da mulher ou menina.
É tradição em alguns países da África e tem como objetivo principal manter a mulher submissa ao homem, pois circuncidadas teriam diminuição da libido, do prazer sexual... a circuncisão feminina, ou MGF, não é um fenômeno exclusivo da religião islâmica, mas ela acontece no continente África e em outros países predominantemente islâmicos como nos Emirados Árabes,Omã e Iêmen, assim como há casos de imigrantes nos EUA,Canadá, França e Inglaterra que a praticam ...é praticada por cristãos católicos, judeus, islâmicos e animistas e que não é preceito exclusivo que nenhuma religião. O Alcorão e a Bíblia não respaldam essa pratica. É antes de tudo um rito de passagem, uma tradição fundida à própria cultura das pessoas, cujas origens se perdem no tempo.
Existe a crença de que os órgãos genitais femininos são “impuros” ou “sujos” pelo que, só através da extirpação ficam purificados. Baseia-se também na ideia de que só o homem tem o direito de desfrutar do prazer sexual. Além de discriminatória, esta prática é extremamente perigosa, uma vez que não envolve quaisquer cuidados higiênicos. Os materiais usados não são esterilizados, muitas vezes estão enferrujados, e é comum a utilização dos mesmos instrumentos para varias excisões (o que poderá levar à propagação de doenças como, por exemplo, a AIDS). Entre esses instrumentos estão as facas, pedaços de vidros, lâminas, gêlo, pequenos troncos de árvore, espinhos, folhas e ervas. É, por isso, muito freqüente a ocorrência de infecções graves que, quando não levam à morte, provocam danos na saúde reprodutiva, nomeadamente, a infertilidade.
Existem mulheres adultas que desejam ser mutiladas?
Apesar da prática ser considerada cruel e revelar medo, muitas mulheres que por algum motivo ainda não passaram pela "cirurgia" sentem-se envergonhadas e depreciadas, pois acreditam que assim não poderão conceber filhos homens ou mesmo não chegarão à gravidez. O fato de dizerem que querem fazer não elimina o fato de que isso é criminoso, uma vez que o que elas fazem é ceder a um sistema machista e bruto, que domina suas mentes e corpos. É um crime contra o corpo feminino, uma vez que mostra que o mesmo não pertence à elas, mas sim à sociedade, às tradições, ao macho.
São 3 os tipos de mutilação genital:
Tipo I: Clitoridectomia ou sunna – Consiste na remoção do prepúcio do clítoris , pode também incluir a remoção completa do clítoris. Procedimento: o clítoris é seguro entre o dedo polegar e indicador, puxado para fora e amputado com um corte de um objeto afiado. O sangue é estancado através de gazes ou outras substâncias e é aplicado um curativo.
Tipo II: Excisão – Baseia-se na remoção do prepúcio e do clítoris com parcial ou total excisão dos pequenos lábios. Procedimento: a principal diferença neste tipo é gravidade do corte. Normalmente o clítoris é amputado e os pequenos lábios são removidos total ou parcialmente, muitas vezes com um mesmo golpe. O sangue é estancado com ligaduras ou com alguns pontos, que podem ou não cobrir parte da abertura vaginal.
Tipo III: Circuncisão faraônica ou infibulação – Consiste na remoção do prepúcio, do clítoris , dos pequenos e grandes lábios. Procedimento: Os grandes lábios são unidos através de pontos ou espinhos e as pernas são atadas durante 2 a 6 semanas. É deixada uma pequena abertura para permitir a passagem de urina e sangue menstrual (tem normalmente 2-3 cm de diâmetro, mas pode chegar a ser tão pequena como a cabeça de um fósforo). Se depois da infibulação a posterior abertura for suficientemente grande, a mulher poderá ter relações sexuais depois da gradual dilatação, que pode demorar semanas, meses ou, em alguns casos, cerca de 2 anos. Se a abertura for demasiado pequena, tradicionalmente recorre-se à defibulação antes de se ter relações sexuais, normalmente efetuada pelo marido ou um parente feminino usando uma faca ou pedaço de vidro. Em quase todos os casos de infibulação, é necessário recorrer a defibulação durante o parto para permitir a saída do feto e, para tal, é essencial a ajuda de uma parteira pois podem ocorrer complicações para a mãe e/ou o feto.
Tradicionalmente, a re-infibulação é feita após a mulher dar à luz. Este procedimento visa criar a ilusão de virgindade, já que uma pequena abertura vaginal é culturalmente entendida como capaz de dar maior prazer ao homem. Devido aos cortes e suturas repetidos, as conseqüências físicas, sexuais e psicológicas da infibulação são maiores e mais duradouros do que os outros tipos de MGF .
Dentre todas as mulheres sujeitas à mutilação genital, 80 a 85% são vitimas dos tipos I e II, e as restantes 15 a 20% do tipo III.
Peguei umas imagens mas não tenho condições de expô-las. Horríveis... imagine o sofrimento... sem anestesia, sem opção... o horror.
{ 8 Comentários... Skip ke Kotak Komentar }
Bacana o seu blog, curti ler ele, seu feed ja esta assinado ... 0/
É vergonhoso ainda ver práticas desse tipo, mas ainda acredito que é uma questão de cultura e nada que nós, do ocidente, temos a ver com a real situação, a não ser dar informações às pessoas e deixar que eles mesmas resolvam esse problema.
Acredito que interferir em questões culturais poderá gerar estragos maiores do que os que são praticados hoje em dia.
Abraços e, por favor, não me entenda mal.
Nossa, só de ler fiquei agoniada. Leio muito sobre outras culturas, e sobre outras religiões e encontramos atos e fatos dos mais absurdos. Triste saber que várias mulheres se submetem a isso por vontade própria, seja por preconceito, por crença... enfim. E hj no meu blog eu to falando de filmes pornos e incentivando as mulehres a assisti-los, que contraste!! Já vim aqui no seu blog outro dia, me peguei aqui de novo. Gostei. Bju pra vc
A Naomi Campbel, fugiu de seu país para não sofrer tal multilação.
Isso é cultural, na Indía é algo profano comer carne de vaca, como é normal as mulheres brasileiras usarem biquini, sendo que em países mulçumanos, as mulhere fazem uso da burca...
http://hdebarbamalfeita.blogspot.com/
e como uma fisgada de um membro que perdemos. Até quando as endemoniadas mulheres pagarão o preço da dor por serem subjulgadas nessa sociedade machista e patriarcal.
Apesar de ser uma tradição de tribos, a mutilação feminina é um ato covarde não so contra a mulher,mas a vida em sim,as privações de prazer que essas mulheres passaram
lugar muito estranho esse ae..
q absurdo issu naum eh?
É triste ver o que as pessoas são capazes de fazer umas com as outras. Muito bom o seu blog.
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