Templários

Precursores da Maçonaria e de outras sociedades secretas, os Templários fizeram parte de uma ordem religiosa na Idade Média.
Acusados de bruxaria e culto ao demônio, os Cavaleiros da Ordem do Templo - a mais rica e influente comunidade religiosa da Idade Média - foram horrivelmente torturados, morrendo em prisões e nas fogueiras da Inquisição...

A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão (em latim "Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici"), vulgarmente conhecida como Ordem dos Templários ou Ordem do Templo foi uma das mais famosas Ordens Militares de Cavalaria. A Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, originou-se na época das cruzadas com o intuito auxiliar os guerreiros que partiam para a Terra Santa. Tornaram-se os precursores do sistema bancário dos dias atuais - esqueça o "Pobres" do nome completo da Ordem - ao permitirem saques e depósitos de bens, bem como empréstimos a juros para a nobreza e o clero - apesar da prática ser condenada pela Igreja da época.


Foi instituída em 1119 por Hughes de Payns, com a anuência papal de Urbano II, tendo como objetivo dar segurança aos lugares e templos sagrados de Jerusalém, que havia sido conquistada em 1099 pela primeira cruzada.


Em 1127, o Rei de Jerusalém, Balduíno II, pediu ao Papa, sanção papal para a nova Ordem dos Templários, e solicitou-lhe para definir a regra para a vida e conduta de seus membros.
Regras e normas foram dadas e a Ordem dos Cavaleiros Templários passou a ser mais do que uma instituição militar, passou a ser uma ordem de Monges Guerreiros de Cristo.

Votos de castidade, benção de armas e promessas de descanso eterno, caso morressem na batalha, eram algumas das indulgências concedidas aos cavaleiros de Cristo. Nesses cavaleiros estava incutida a idéia de que matar em nome de Deus era justificável e de que morrer por Ele, santificável.
Os Católicos Medievais tiveram sua Jihad, matando e guerreando de maneira fanática e sem critérios cristãos, visando atingir objetivos de papas e reis. Parece que o Papa, para poder atingir mais facilmente seus ideais, usou a mesma filosofia islâmica da Jihad ou guerra santa, mas com uma roupagem ideológica cristã.

O abade de Clairvaux, apoiado pelo papa, desfilou um discurso acalorado em favor dos Cavaleiros Templários dando-lhes autoridade para matar em nome de Deus:
"Na verdade, os cavaleiros de Cristo travam as batalhas para seu Senhor com segurança, sem temor de ter pecado ao matar o inimigo, nem temendo o perigo da própria morte, visto que causando a morte, ou morrendo quando em nome de Cristo, nada praticam de criminoso, sendo antes merecedores de gloriosa recompensa... aquele que em verdade, provoca livremente a morte de seu inimigo como um ato de vingança mais prontamente encontra consolo em sua condição de soldado de Cristo. O soldado de Cristo mata com segurança e morre com mais segurança ainda... Não é sem razão que ele empunha a espada! É um instrumento de Deus para o castigo dos malfeitores... Na verdade, quando mata um malfeitor, isso não é homicídio... e ele é considerado um carrasco legal de Cristo contra os malfeitores".

Pouco tempo depois, no Concílio de Toeis, foram redigidos os estatutos dos templários, imitando a ordem de São Benedito, porém os cavalheiros eram de precária religiosidade, quebrando em pouco tempo todos os votos, incluindo os de pobreza e castidade, tendo como alegação a riqueza e o harém de Salomão. Um grande número de burgueses se alistou na ordem, e a religiosidade acabou cedendo lugar ao orgulho, avidez, luxúria, mas sem jamais deixar de defender o papado que lhes deu total liberdade.
Foi no início do século XIV que, com a liderança de Jacques de Molay a Ordem entrou num período de acusações e decadência, culminando com sua extinção. Isso porque, independente do país onde estavam instituídos, os Templários somente reconheciam a autoridade do Papa. Consequentemente, os reis de diversos países em que os Templários habitavam consideravam a ordem com antipatia e desdém. Em 1307, o rei francês Filipe, o Belo, colocou seus olhos no tremendo poder político e nas riquezas dos Cavaleiros Templários franceses. Portanto, ele decidiu planejar como derrubar a ordem e confiscar suas riquezas. O rei infiltrou doze de seus homens em diversos comandos dos Templários, esses espiões serviram bem ao rei em seu plano de destruir os Cavaleiros Templários. Quando o rei atacou na alvorada do dia 13 de outubro de 1307, ele estava bem preparado com uma lista de crimes dos quais os Templários seriam acusados. Estas foram algumas das acusações: Heresia contra a Igreja Católica Romana; adoração a objetos satânicos;rejeição de Jesus Cristo, exemplificada por rituais onde se cuspia e pisava-se na cruz; homossexualidade...As lendas envolvendo a ordem trazem outras histórias. Eles teriam estabelecido acampamento nas prováveis ruínas do Templo do Rei Salomão, com intenção de procurar o Santo Graal, e durante meses ou anos escavaram as tais ruínas. Localizaram algo de grande importância espiritual e cientifica. Diz-se que nada se compara a essa descoberta até hoje, uns dizem que foi o Santo Graal, outros que foram inscrições babilônicas que desvendam o mistério da criação, do divino e da alma.

A chamadas "seitas secretas" dos dias atuais possuem alguma linha que insinua descendência templária. Comenta-se que a maçonaria guarda um segredo a sete chaves, que nem mesmo a maioria dos maçons teria conhecimento. Comparando com os templários da antiguidade, é sabido, por exemplo, que nenhum cavaleiro podia divulgar o que se passava nas em suas casas, mistérios que também são perpetuados hoje em diversas seitas.
Algumas fontes afirmam o seguinte:
"O símbolo do Baphomet foi usado pelos Cavaleiros Templários para representar Satanás.
O Baphomet representa os poderes das trevas combinados com a fertilidade do bode. Em sua forma 'pura', o pentáculo é mostrado envolvendo a figura de um homem nos cinco pontos da estrela - três pontas para cima e duas pontas para baixo, simbolizando a natureza espiritual do homem."
Mesmo sem ignorar a perseguição política e os interesses comerciais do Rei Filipe, todas as conjecturas apontam para um desvio profundo da primordial vocação ideológica e religiosa que tinham os Templários. Agora eles haviam se tornados esotéricos e defendiam um sistema de doutrina religiosa bizarra, uma mistura de esoterismo, cabala, cristianismo, judaísmo, islamismo... Enfim, em uma salada bem confusa se tornaria a Ordem dos Templários que chegaria, oficialmente, ao seu fim com a sua extinção pelo papa Clemente V em 1313.

"É provável que a Ordem dos Templários tenha funcionado por algum período na clandestinidade, com seus membros reunindo-se secretamente... Uma das causas de sua subsistência talvez tenha sido a manutenção de atividades secretas, hipótese levantada por alguns historiadores... Não seria surpreendente constatar-se o funcionamento de ordens esotéricas com raízes no movimento dos Templários. Independente de como isso se deu, o fato é que existem algumas organizações que se consideram descendentes diretas da Ordem dos Templários de Jerusalém... Entre essas organizações está a maçonaria... Contudo, nem todos os maçons são Templários. O Templário é apenas uma parte da estrutura maçônica conhecida...

Alguns historiadores acreditam que os Cavaleiros Templários escaparam das perseguições do rei Filipe IV de França e do Papa Clemente V, fugindo para a Escócia e para a Inglaterra, e renomeando o grupo para Maçonaria. A fundação da Grande Loja Maçônica, em 1717, seria o restabelecimento dos Templários.

Há várias Ordens no mundo que se dizem Templárias ou legítimas representantes dos Templários. Mas, a bula papal Vox in Excelso jamais foi revogada. E, como os Templários foram criados a partir da Ordem Priorado do Sião, instituída por Godofredo de Bulhões e amparada pelo papado, por recomendação de Bernardo de Cleivoux (S.Bernardo), não há atualmente uma Ordem Templária oficial.

Outras foram criadas como decorrência: A Ordem de Cristo em Portugal, a Ordem de Santiago e do Tosão de Ouro na Escócia, os Illuminati na Áustria e Alemanha e a Maçonaria na Inglaterra. Algumas dessas Ordens foram criadas secretamente e, por essa razão, há poucas evidências documentais que comprovem as relações entre elas e os Templários. Afinal, os Templários foram traídos pela Igreja e aparecer publicamente significava uma sentença de morte. De todas essas, a que sobreviveu e continua ativa é a Maçonaria. Muita gente contesta essa relação, inclusive Maçons. Porém, um livro de J.J. Robinson, de 1989 (publicado em português pela Ed. Madras em 2005) apresenta argumentos muito convincentes sobre os vínculos entre as duas Ordens.
Os graus superiores da Ordem Rosa Cruz tem o título de Illuminati, numa clara referência aos Templários.

Não há hoje como ser um autêntico Templário. Mas é possível participar de Ordens que ainda mantém relações com as tradições Templárias: Maçonaria e Ordem Rosa Cruz- AMORC.

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Angela Natel disse...

Sempre achei muito interessante a simbologia e os ritos que envolvem a história e as lendas a respeito dos templários.

Anônimo disse...

adorei ler isso

Guilherme Ferracioli disse...

muito bom o texto parabens ao dono do blog q é muito bom tb descobri agora msm. aqui na minha cidade (mococa, interior de SP) ha uma maçonaria tb quero visitar algum dia.

Anônimo disse...

O seu texto tem algumas verdades, outras nem tanto. Começo, desde já, por refutar uma das suas últimas declarações: "não há, hoje, como ser um autêntico templário".

Não percebo o que leva as pessoas a afirmarem isso. Se existiram templários no passado, por que razão não podem existir agora? É certo que não existe uma ordem oficial, agora, o espírito, o ideal templário, a sua força, mística, espiritualidade, forma de pensar, de estar no mundo, essas, devo-lhe dizer, continuam bem vivas e de saúde. Ou julga que nós, os templários, os verdadeiros - há muitas pessoas que se afirmam e não o são, apenas, confudem os incautos -, vamos andar por aí a dizer que somos templários? Acha, mesmo, que o espírito de monge/guerreiro, de sacerdote/cavaleiro, de sacerdote do Espírito Santo, de mago da Luz desapareceu nos anais da Idade Média? Acha, mesmo, que a luta entre o bem e o mal é uma coisa do passado? Os templários estão em toda a parte. Podem ser seus colegas de trabalho, podem estar ao seu lado numa missa e ninguém desconfia. Somos o que sempre fomos: portadores da luz, da ordem, onde só existe caos, guerreiros de Deus, renovadores de mentes obscuras, sábios do esoterismo e do exoterismo, fiéis praticantes da mensagem de Jesus Cristo, construtores de novos mundos sagrados e profanos, cultivadores de uma elevada espiritualidade. Somos tudo isto e muito mais.

O Templo não tem idade, idade têm os homens. Enquanto Deus quiser e continuar a chamar pessoas a serem templárias, o Templo continuará vivo. É disto que as pessoas se esquecem: é que o Templo não surgiu por acaso, é uma Obra dos Homens, mas é, fundamentalmente, uma Obra de Deus. E assim sendo, nada a poderá destruir.

Non nobis Domine, non nobis, Sed Nomini Tua Ad Gloriam (Não para nós Senhor, não para nós, mas para a Glória do Teu Nome).

Cumprimentos,

Leonor Guerreiro

 

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